HISTÓRIAS
"Não tenham medo de experimentar, não fiquem presos a ideia de ser “maconha”.
Évelin Turra
Estudante
A fibromialgia é uma condição de saúde crônica caracterizada por dor generalizada no corpo, sensibilidade aumentada em pontos específicos, fadiga, distúrbios do sono e dificuldades cognitivas. A jornada para o seu tratamento é desafiadora, exigindo paciência e resiliência diante das complexidades da condição. Para alguns, a cannabis medicinal surge como uma alternativa promissora, oferecendo alívio onde outros métodos falharam. Com o relato pessoal de Évelin Schakofski Turra, exploramos a experiência de alguém que encontrou conforto e melhoria de vida por meio do tratamento com canabidiol.
A introdução da cannabis medicinal na vida de Évelin ocorreu em um momento crítico, quando os medicamentos convencionais atingiram doses máximas, mas a dor persistia. A escolha pelo canabidiol revelou-se transformadora, com a gradual diminuição da dor após o início do tratamento. Essa mudança significativa tornou-se um divisor de águas, proporcionando uma perspectiva renovada no enfrentamento da fibromialgia.
O meio escolhido para o tratamento foi o óleo de CBD, uma opção que se provou eficaz para a paciente. O processo, segundo ela, é tranquilo, sem efeitos colaterais perceptíveis. A utilização do óleo não apenas alivia a dor, mas também melhora a qualidade do sono, um fator crucial no controle dos sintomas da fibromialgia.
Ao abordar possíveis preocupações, a entrevistada destaca a questão do custo como um desafio considerável. A cannabis medicinal, embora promissora, enfrenta barreiras financeiras, tornando-se inacessível para muitos. A falta de compreensão das pessoas sobre essa forma de tratamento também é mencionada por Évelin. “Fico frustrada com os comentários da população sobre esse assunto, muitos consideram como droga e não tratamento, não veem o quanto pode melhorar a qualidade de vida das pessoas”, lamenta a entrevistada.
A experiência com o óleo não foi isenta de considerações cuidadosas. A entrevistada compartilha o momento em que interrompeu temporariamente o tratamento devido ao agravamento da ansiedade. No entanto, destaca que, em geral, os efeitos colaterais foram inexistentes, ressaltando a importância de monitorar de perto a resposta individual ao tratamento.
Quando questionada sobre as interações com profissionais de saúde, a entrevistada revela uma abordagem direta de seu médico, que prescreveu a cannabis medicinal como uma opção quando os medicamentos convencionais não eram mais eficazes. Essa colaboração direta e a confiança no profissional de saúde foram fundamentais para iniciar e sustentar o tratamento.
Évelin ainda aconselha: “não tenham medo de experimentar, não fiquem presos a ideia de ser “maconha”. Esse tratamento pode te tirar do fundo do poço, como aconteceu comigo nas duas vezes que iniciei o tratamento.”